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Boletim nº 40 - 20 de Junho de 2021

Por Que A Igreja Presbiteriana

Batiza Crianças?

por Rev. Renato Souza Prates

Cerimônia de batismo do bebê

Quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na aliança, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn 17,1-14). A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha (ver Rm 4-3,11 com Gn 15, 6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaque, antes de completar duas semanas (Gn 21, 4). Abraão creu e o sinal da sua fé foi aplicado à Isaque, mesmo quando este ainda não podia crer como seu pai.

 

Mais tarde, quando Moisés aspergiu com o sangue da aliança as tábuas da Lei dada por Deus, aspergiu também todo o povo presente no monte Sinai, incluindo obviamente as mães e seus filhos de colo (Hb 9, 19-20).

 

Paulo, ao refletir sobre a história de Israel e ao mencionar a passagem dos israelitas pelo Mar Morto, diz que todo o povo foi batizado com Moisés, na nuvem e no mar inclusive as crianças, é claro, pois havia milhares delas (1 Co 10.1-4).

 

Não é de se admirar, portanto, que Pedro, no dia de Pentecostes, ao chamar os ouvintes ao arrependimento, à fé em Cristo e ao batismo, disse-lhes que a promessa do Espírito Santo era para eles e para seus filhos (At 2.38-39). E não é de admirar que os apóstolos batizavam casas inteiras em suas viagens missionárias: Paulo batizou Lídia e toda sua casa (,At. 16.15).

 

A Peshito, versão siríaca do Novo Testamento que data provavelmente dos fins do 2º século, traduziu a passagem que registra o batismo de Lídia, do seguinte modo: “Ela foi batizada e as crianças de sua casa”. O carcereiro e todos os seus (At 16.3233), a casa de Estéfanas (1 Co 1.16).

 

De fato, o batismo infantil não é o batismo de arrependimento, como o é para os que, quando adultos, tomam conhecimento de sua condição de pecadores, confessam seus pecados e recebem a Cristo Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

 

Mas o batismo não significa só sinal de arrependimento. Também significa sinal do pacto da graça, e é neste sentido que as crianças dos pais crentes são batizadas.

 

Para melhor entendimento desta questão, transcrevo abaixo o que a Igreja Presbiteriana do Brasil entende a respeito desta doutrina, conforme publicado em seu site oficial:

 

“Batismo é um sacramento, de maneira a purificar com água no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, o que significa e sela nossa aliança com Cristo, e partilhando os benefícios do pacto da graça, e nossa declaração que verdadeiramente somos de Deus” (CM, P. 94). Batismo é o sinal do pacto da graça durante a era do Novo Testamento, como foi a circuncisão durante o Antigo Testamento (ver Col. 2:11-12).

 

Os Cristãos Reformados entendem que o batismo deve ser aplicado, então, a todos aqueles com quem Deus estabeleceu seu pacto de graça, mais claramente, com os crentes em Cristo e também com seus filhos. È importante enfatizar que não há um texto bíblico explícito que determine o batismo infantil. Se houvesse, todas as igrejas que creem na Bíblia iriam então praticá-lo. Contudo, a vontade de Deus não é somente “expressamente descrita nas Escrituras”, mas também “por uma consequência boa e necessária, pode ser deduzida das Escrituras” (CFW, I:6). O argumento de defesa para o batismo infantil pode ser apresentado na forma de silogismo:

 

Premissa Maior

Todos participantes no pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto.

 

Premissa Menor

As crianças, filhos dos crentes são também participantes do pacto da graça.

 

Conclusão

 

As crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal do pacto da graça. Se as duas premissas são verdadeiras, a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão descreve como “consequência boa e necessária” A única forma de evitarmos o batismo infantil dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas verdades. Poucos negariam a premissa maior, mas dispensacionalistas claramente negam a premissa menor. Eles afirmam que as crianças filhas de crentes, nunca foram participantes do pacto da graça. Uma vez que, durante a era do Antigo Testamento, eles participavam da nação de Israel e recebiam o sinal de sua participação no pacto - a circuncisão. Mas, dizem eles (dispensacionalistas), que crianças não participam do pacto da graça, porque esse pacto existe somente a partir do Novo Testamento.

 

Uma vez que não existe um texto que ordena o batismo infantil, então não se deve fazer. Entretanto, o pacto da graça existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos crentes eram obviamente participantes do pacto durante o Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gen. 17:10).

 

Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Salmo. 89:34), nós não nos surpreendemos que não haja um texto no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes que eram participantes do pacto, agora já não são mais. Ao contrário, Colossenses 2:11 e 12 traçam um paralelo específico, entre batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, que sejam agora batizados. E Atos 8:12 mostra que o novo sinal da aliança foi dado as mulheres assim como aos homens. O Batismo é um sacramento totalmente passivo, partindo de nosso ponto de vista. Isso não significa que em todos os aspectos da aplicação da salvação prometida no pacto da graça, o indivíduo batizado seja totalmente passivo. Eles (ou elas) são verdadeiramente ativos em seu processo de conversão e santificação. Ao invés disso, o que realmente significa é que o indivíduo batizado e não se autobatiza. Os Pais não batizam seus filhos. Falando diretamente, nem mesmo o ministro os batiza, no sentido de efetuar algo.

 

Nós não fazemos nada no batismo; ao invés disso, Deus faz algo. Ele, através do cumprimento de um mandamento pela igreja, dá uma identidade a crianças, jovens e velhos, de sua família do pacto, os alvos de sua graça e de todas suas maravilhosas bênçãos.

 

Fontes: Rev. Mauro Ferreira e http://www.ipb.org.br/portal/igreja-reformada/107-batismo-infantil

O que é ser ReformadoQuarta Palavra
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Aos domingos, as mensagens são diferentes, selecionadas de outras fontes. Hoje, "Muito bem (3x), o seu podcast semanal de teologia reformada está no ar. Bibo e Mac recebem mais uma vez o Rev. Leandro Lima para juntos conversarem sobre a fé reformada. Quando surgiu a fé reformada? O que significa ser reformado lato senso e reformado stricto senso? Existe unanimidade na fé reformada? Pode desenhar Jesus? Que papel […]"

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