Boletim nº 56 - 17 de Outubro de 2021
CURA PARA A ALMA - PARTE 02
GÊNESIS 33.1-17
por Rev. Renato Souza Prates
INTRODUÇÃO
Um dos fatores que mais adoece o coração humano é a ausência de perdão.
Muitas pessoas que hoje vivem amarguradas e infelizes, só se sentem assim, porque não alcançaram perdão numa desavença do passado. Elas adoeceram profundamente e estão morrendo emocional e fisicamente, dia após dia, porque ainda não alcançaram a cura através do perdão.
Estas pessoas estão magoadas com familiares, amigos, irmãos em Cristo e até mesmo com Deus em muitos casos, simplesmente porque Ele não teria atendido alguma petição, do jeito que elas imaginaram.
Hoje a Palavra do Senhor nos mostrará o exemplo de dois homens que, mesmo sendo irmãos gêmeos, encontraram a cura através do perdão!
CONTEXTO ANTERIOR
O capítulo 32 de Gênesis relata que, depois de 20 anos servindo ao seu sogro Labão, sendo 14 anos por Raquel , sua esposa, e mais 6 anos de trabalho, Jacó agora está a caminho com sua família, seus servos e tudo que tem para se encontrar com seu maior inimigo – Seu irmão Esaú.
As desavenças entre Jacó e Esaú começaram desde a gestação dos gêmeos, quando os dois lutavam no ventre de sua mãe Rebeca. Segundo Gênesis 25, Jacó já nasceu segurando o calcanhar do seu irmão, por isso lhe chamaram Jacó ou Usurpador.
Quando os meninos eram crescidos, Jacó se aproveitou de um momento de fraqueza de Esaú e o fez vender o seu direito de primogenitura por um prato de pão e lentilhas. Os direitos da primogenitura eram dados ao filho mais velho, os quais passavam a usufruir da maior parte dos bens e regalias na família, além de passar a exercer maior responsabilidade e liderança diante do grupo.
O capítulo 27 de Gênesis revela como Jacó enganou seu pai, com a ajuda de sua mãe, para conseguir duas coisas: A bênção de ser o primogênito e a ira mortal de seu irmão Esaú.
Jacó então foge da casa de seu pai para ter experiências tremendas com Deus, como a visão da escada celestial em Betel e sua prosperidade na casa de seu tio e sogro Labão. (Gênesis 29).
O encontro de Jacó e Esaú relatado no capítulo 33 de Gênesis é uma experiência de cura através do perdão, entre irmãos gêmeos que se tornaram inimigos por 20 anos.
Mas esta também tem sido a experiência de muitos de nós, que ao longo da nossa jornada, acabamos criando inimizades com familiares, amigos e irmãos em Cristo, que já duram anos e adoecem o nosso coração.
Hoje veremos como encontrar CURA PARA A ALMA através do perdão!
Quando olhamos para Gênesis 33, em primeiro lugar nós percebemos que:
1. O PERDÃO REQUER UM CORAÇÃO QUEBRANTADO PELO SENHOR (1-3)
Devemos lembrar que por diversas vezes, Jacó foi quebrantado pelo Senhor:
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Ele teve que fugir da casa dos seus pais para dormir sobre um travesseiro de pedra e se encontrar com Deus em Betel.
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Ele teve que ser explorado pelo seu sogro Labão por 20 anos, inclusive assumindo prejuízos dos rebanhos aos seus cuidados (Gênesis 31).
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Foi perseguido por Labão, quando saiu novamente fugitivo de sua casa.
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Foi atemorizado quando soube que seu irmão Esaú tinha um exército de 400 homens vindo em sua direção (32-33).
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Lutou com um varão no vau de Jaboque e saiu com a coxa ferida. (32).
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Se prostou 7 vezes até aproximar-se do seu irmão (33.3)
Repare como a todo momento Jacó se refere como servo ao seu irmão, mesmo tendo recebido a bênção da primogenitura. Só um coração quebrantado é capaz disto!
O perdão cura, mas ele requer quebrantamento. Muitas vezes são necessários 20 anos para estarmos preparados para uma reconciliação. Outras vezes, apenas alguns dias ou meses serão suficientes.
Em segundo lugar:
2. SE FIZERMOS A NOSSA PARTE, DEUS FARÁ A DELE NO CORAÇÃO QUE PRECISA NOS PERDOAR (V.4)
Além de estar com o coração quebrantado pelo Senhor:
Jacó fez tudo o que estava ao seu alcance para conseguir o perdão do seu irmão.
-
Ele enviou a sua própria família à sua frente para tentar comover o coração do seu irmão.
-
Ele se humilhou se prostando 7 vezes na presença do seu irmão.
-
Ele enviou um riquíssimo presente de centenas de animais à sua frente, mostrando que não tinha interesses materiais na reconciliação com seu irmão.
Agora o restante era com Deus! E o milagre da reconciliação ocorreu:
Diz o versículo 4 que Esaú correu ao seu encontro o abraçou, o agarrou pelo pescoço e o beijou, e os dois choraram profundamente! Que cena mais impressionante de perdão!
Precisamos fazer a nossa parte no perdão, para que Deus quebrante quem está do outro lado. Muitas vezes a pessoa está apenas esperando um sinal nosso, para nos abraçar e se reconciliar conosco!
Lembro que tive um seríssimo problema emocional com uma pessoa na minha juventude e o problema já me consumia há 8 anos. Aparentemente, não havia como se reconciliar. Um dia, resolvi enviar uma mensagem no privado do facebook e para minha surpresa a mensagem foi respondida com a seguinte frase: Oi! Tudo bem? Tenho muito carinho por você! A partir daí nossa amizade foi retomada, nosso coração curado e somos amigos até hoje!
Alguém pode estar esperando por uma mensagem sua! Deus te revelará qual é o momento certo para dar o primeiro passo em direção à reconciliação! Faça a sua parte e Deus fará a dEle!
3. CAMINHAR MAIS UMA MILHA FAZ PARTE DO PERDÃO (12-17)
O versículo 12 diz que Esaú convidou Jacó para caminhar com ele até sua terra.
Embora Jacó tenha apresentado a dificuldade do cansaço da jornada ao seu irmão, diz o texto que Jacó seguiu logo atrás de Esaú até o destino final.
Devemos entender que o perdão exigirá que caminhemos mais uma milha com quem nos perdoou. Caminhar mais uma milha significa dar mais uma chance. Mas vou exemplificar isto melhor contando um exemplo da minha mãe.
Há muitos anos, um presbítero da igreja feriu gravemente a honra da minha mãe. Meu pai sabendo da situação e percebendo que ela não tinha condições emocionais de tratar aquela situação, confrontou aquele Presbítero praticando o que diz Mateus 18.15: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão”. Algum tempo depois, o presbítero procurou minha mãe pedindo o seu perdão. A resposta dela foi a seguinte: “Eu te perdoo, mas nossa amizade recomeça do zero a partir de hoje.”
A atitude dela foi uma atitude de perdão, permitindo que aquele presbítero se recuperasse do seu erro progressivamente. E isto de fato ocorreu!
Perdão não significa dar as chaves do seu coração a quem um dia habitou nele e traiu sua confiança. Perdão significa permitir que aquela mesma pessoa possa ganhar sua confiança novamente! Isto é andar uma segunda milha!
CONCLUSÃO
Hoje aprendemos ou relembramos que o perdão é um precioso antídoto para curar a alma.
1. O PERDÃO REQUER UM CORAÇÃO QUEBRANTADO PELO SENHOR
2. SE FIZERMOS A NOSSA PARTE, DEUS FARÁ A DELE NO CORAÇÃO QUE PRECISA NOS PERDOAR
3. CAMINHAR MAIS UMA MILHA FAZ PARTE DO PERDÃO
Pedidos de Oração
Pelo fim da pandemia.
Pela chegada do Rev. Renato e Juliana.
Pelo Conselho.
Pela Junta Diaconal.
Pelos Ministérios da Igreja.
Pelos enfermos.
Pelos desempregados.
Pelas Missões.
Pela cidade de Macaé.
Pelo Estado do Rio.
Pelo Brasil.
Pelos afastados do Evangelho.
Pelos novos crentes.
Pelos perdidos.
Renião de Oração
Toda Sexta-feira, 6:00 h
Responsáveis:
Presb. Anderson
Cláudia
Lucília
02/10 Pedro Louzada Poltronieri
02/10 Zenaide Gomes Pregioni
13/10 Isabella Maciel de Souza Lucas
16/10 Renato Souza Prates
20/10 Marcos Aurelio Rodrigues dos Santos
22/10 Ana Lucia da Cruz Santos
30/10 Luísa Barbosa Alves Feijó
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