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Boletim nº 53 - 19 de Setembro de 2021

ATOS 2.42-47

​AVIVAMENTO HOJE - PARTE 01

por Rev. Renato Souza Prates

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O QUE É AVIVAMENTO?

            De acordo com John Piper:

            A ideia de avivamento origina-se da realidade que, por um lado, Deus é o doador decisivo de toda a vida espiritual e, por outro lado, os humanos, mesmo aqueles que nascem de novo e fazem parte da família da aliança de Deus, de tempos em tempos derivam para uma espécie de falta de vida, letargia, apostasia, indiferença e fraqueza. E quando você coloca esses dois juntos, Deus como o doador da vida e o homem sempre à deriva em direção à falta de vida, o que você tem é um derramamento do Espírito vivificante de Deus em seu povo. Isso é avivamento!

            A vida comunitária da igreja de Jerusalém, após a descida do Espírito Santo se configura em dias de avivamento espiritual, sobre um povo que já servia ao Senhor, os 120 crentes, conduzindo 3 mil pessoas que receberam a Palavra ao mesmo avivamento.

COMO RESULTADO DAQUELE AVIVAMENTO, A IGREJA PERSEVERAVA NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS. (v.42a)

            A palavra perseverar no original significa “estar totalmente ocupado ou devoto” (προσκαρτερέω proskartereō).

            Isto significa que aqueles primeiros crentes tinham como foco principal a doutrina, do grego διδαχή (didachē), que significa “ensino”. O ensino apostólico era a principal ocupação deles. Mas o que significava este ensino? Podemos perceber pela pregação de Pedro em Atos e em todo o Novo Testamento que este ensino era o ensino de Cristo Jesus. Veja o que Paulo diz em 1 Coríntios 11.23: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão”. Então, podemos dizer que os Apóstolos replicaram o ensino de Cristo.

UMA IGREJA AVIVADA PELO ESPÍRITO VAI PERSEVERAR NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS OU DE CRISTO JESUS

            Um dos grandes problemas que nossas igrejas enfrentam é a falta de perseverança na doutrina bíblica. Existem crentes que participam dos estudos bíblicos de suas igrejas, ouvem uma mensagem como esta, mas amanhã ouvirão doutrinas completamente estranhas e divergentes, como que tendo coceiras nos ouvidos. (2 Timóteo 4.3).

            Estes são crentes que nunca vão amadurecer na fé e sempre serão levados por ventos de doutrinas e pelas astúcias dos homens. (Efésios 4.14-15)

            Outro problema, são crentes que não se dedicam ao estudo da doutrina, nem particularmente e nem publicamente nas atividades da igreja. Eles se dedicam a redes sociais, whatsapp, esportes, lazer e entretenimento, mas não estudam as Escrituras. Estes são os mesmos que depois vão questionar a doutrina da igreja, sem base nenhuma.

            Um terceiro problema são as desculpas para não se estudar a doutrina. Crente avivado tem que gastar tempo com o estudo aprofundado da Palavra de Deus. Pastor, mas eu tenho um problema: Eu não sei ler. Primeiro, procure aprender – Há muitos projetos e cursos gratuitos para isto! Segundo, se ainda não sabe ler, existe até bíblia em áudio e em vídeo. Não há desculpas!

            Um dos primeiros sinais de que estamos vivendo um verdadeiro avivamento nesta igreja é o envolvimento sério dela com o estudo da doutrina. Enquanto você não se envolver com o estudo sério das Escrituras, você não experimentará o avivamento verdadeiro!

A IGREJA PERSERVERAVA (SE OCUPAVA) NA COMUNHÃO (v.42b)

            Um segundo aspecto no qual a igreja primitiva perseverava ou se ocupava era a comunhão. A palavra comunhão é uma tradução da expressão grega “koinonia” que pode significar uma “parceria” dos santos em diversos aspectos com o desejo de ajudar mutuamente, conforme registram os versículos 44 e 45.

            A comunhão trazida pelo avivamento genuíno moveu os corações daqueles crentes a contribuírem liberalmente, vendendo até mesmo suas propriedades para socorrer os necessitados! Extraordinário!

            Atos 4.34 diz que chegou a um ponto de que não havia nenhum necessitado naquela igreja, porque estes eram assistidos por todos os membros.

            Na igreja de Jerusalém as pessoas contribuíam voluntariamente, e não obrigatoriamente. Mesmo no caso de Ananias e Safira, o problema não foi a contribuição, mas sim a mentira, de acordo com Atos 5.

            Devemos lembrar que de uma hora para a outra, a igreja passou de 120 crentes para 3 mil. A maioria destes estava longe de casa e não queria mais voltar. Precisavam de moradia e sustento. Por isto houve esta mobilização social.

            A expressão “koinonia” ou “comunhão” também pode significar o compartilhar dos deveres e ordenanças da vida cristã, como também os sofrimentos desta vida. Aqueles crentes assumiram a responsabilidade de levar o fardo uns dos outros.

            A prática de contribuição da igreja de Jerusalém não é um modelo a ser seguido sistematicamente pela igreja. Ela representa um socorro financeiro histórico, que também pode ocorrer com toda e qualquer igreja, num momento de necessidade. O modelo bíblico de contribuição chama-se dízimos e ofertas. Mas há momentos em que somos convidados a contribuir mais com a igreja, por causa de uma necessidade emergencial. Estas são chamadas de ofertas alçadas!

     

UMA IGREJA AVIVADA VAI PERSEVERAR NA COMUNHÃO

            A comunhão é um dos principais sinais de que uma igreja está sendo avivada pelo Espírito de Deus. Basta lembrarmos do fruto do Espírito de Gálatas 5.22: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

            Ao passo que as obras da carne são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas.

            Portanto, quanto mais carnal for a vida do crente, mais ele manifestará as obras da carne. Quanto mais espiritual, mais veremos o fruto do Espírito em sua vida!

            A igreja de Jerusalém estava tão cheia da glória de Deus, que não havia espaço para a carne se sobrepor ao fruto do Espírito.

            Neste sentido, se somos de fato avivados, precisamos nos ocupar com a comunhão que contribui liberalmente, não somente com o dízimo e com as ofertas, que são nossa responsabilidade, mas também com nosso trabalho na obra do Senhor!

            Uma igreja avivada vai contribuir liberalmente com a Obra do Senhor!

Tenha certeza de que para construir o templo que precisamos construir para o Senhor, nós precisaremos de muitas ofertas alçadas ao longo do caminho!

            Comunhão também significa unidade. Vivemos um momento no Brasil onde a comunhão da igreja está ameaçada pela fragmentação política, que divide inclusive a igreja em 3 partidos: Aqueles que são a favor do governo, os que são contra o governo e aqueles que não são nenhum dos dois.

            Da última vez que a igreja presbiteriana permitiu discussões políticas ela se dividiu durante o Regime Militar, causando fechamento de instituições da igreja e interditando os trabalhos da UMP (União de Mocidade Presbiteriana) por mais de 20 anos, dos anos 60 aos anos 80.

            A discussão política está novamente dividindo igrejas e famílias. Devemos lembrar que a igreja não é lugar para esta discussão. A igreja não é partidária ou ideológica. O ensino fundamental da igreja são as Escrituras, e disso não abrimos mão. As Escrituras vão nos orientar em quem votar! Por isso, minha postura é não discutir política na igreja, mas pregar as Escrituras!

            Certa vez, eu ministrei um estudo sobre ética política nas Escrituras numa Escola Dominical em dia de eleição. Após terminar a programação, uma irmã me procurou e perguntou: Pastor, em quem eu devo votar? Minha resposta foi: Minha irmã, você já ouviu tudo que precisava ouvir nesta manhã para votar conscientemente. Não precisamos discutir política, precisamos estudar as Escrituras.

A IGREJA PERSERVERAVA (SE OCUPAVA) NO PARTIR DO PÃO (V.1c)

            Boa parte dos comentaristas vai concordar que a expressão “partir do pão” aqui não diz respeito apenas a Santa Ceia ou Eucaristia, mas também a refeições comunitárias chamadas de “Ágape”. Como se reuniam também de casa em casa, além de irem ao Templo, conforme o versículo 46, estes crentes tinham o costume de compartilhar suas refeições diariamente.

            Os judeus tinham o costume de hospedar visitantes durante Pentecostes, sem cobrar por isto. Contudo, estes crentes foram além de festa em sua generosidade, hospedando milhares de pessoas em Jerusalém, por um período muito superior a Pentecostes.

UMA IGREJA AVIVADA TERÁ PRAZER EM PARTIR O PÃO

            Seja na celebração da Santa Ceia do Senhor ou de casa em casa, a igreja que experimenta o avivamento estará sempre reunida.

            Crentes que menosprezam o partir do pão se tornam fracos, doentes e sonolentos espiritualmente, conforme 1 Coríntios 11.30.

            Também não devemos menosprezar a hospitalidade cristã, tanto praticando-a com nossos irmãos, como também indo aos seus lares, sempre que convidados.

 

A IGREJA PERSEVERAVA (SE OCUPAVA) NAS ORAÇÕES (V.42d)

            Um outro aspecto marcante daquela comunidade de Jerusalém era o seu apego a oração. Era uma igreja que se ocupava constantemente neste aspecto.

            Atos 4.31 revela que enquanto aquela igreja orava em gratidão a Deus por ter libertado Pedro e João de uma prisão injusta, o lugar onde eles estavam reunidos tremeu e todos foram cheios do Espírito!

UMA IGREJA AVIVADA SERÁ UMA IGREJA DE ORAÇÃO

            Certamente você já ouviu o jargão: Muita oração, muito poder! Pouca oração, pouco poder! Nenhuma oração, nenhum poder! Pois é, isto é verdade! Se a igreja do Senhor quer experimentar mais do seu poder, ela precisa orar mais! Eis a razão, porque há muitos crentes enfraquecidos e carnais na igreja – Falta de oração!

            Faça aqui uma sincera avaliação: Como vai a sua vida de oração? Você separa um tempo diário para falar com Deus a sóis? Você realiza o culto doméstico com sua família? Você participa das reuniões de oração da sua célula? Da sua igreja? Se você não participa da maioria destas atividades, certamente você não tem experimentado o poder de Deus em sua vida!

            George Müller (Kroppenstedt, 27 de setembro de 1805 - Bristol, 10 de março de 1898) foi um evangelista e missionário inglês, notável por sua fé na providência de Deus e, pela sua obra com crianças desamparadas, através da construção de orfanatos, onde recebiam roupas, comida e uma boa educação.

            Certa vez, quando estava nos Estados Unidos, ele viajava para Quebec, mas parecia que a viagem iria atrasar por conta de um nevoeiro. O capitão do barco estava no comando há 24 horas. George Muller o procurou e disse:

‘Capitão, vim dizer-lhe que preciso estar em Quebec no sábado à tarde.’

‘É impossível’, respondeu o Capitão.

‘Muito bem, se o seu navio não pode levar-me, Deus achará outra maneira.

Há 57 anos que nunca quebrei um compromisso, disse Muller.

Desçamos até a cabine de mapas. Vamos orar.’

O capitão olhou para aquele homem de Deus e pensou: de que asilo de lunáticos teria ele fugido? Ele jamais tinha ouvido coisa semelhante.

‘Sr. Muller’, disse o Capitão, ‘o Senhor sabe a densidade desta neblina?’

‘Não’, respondeu ele, ‘meus olhos não estão fixos na densidade da neblina, mas no Deus vivo que controla cada circunstância da minha vida.’

Muller se ajoelhou e fez uma das orações mais simples que o Capitão tinha vista, e quando acabou, o Capitão ia orar; mas Muller pôs a mão no seu ombro e lhe disse que não o fizesse.

‘Em primeiro lugar você não crê que Ele atenderá, e em segundo, eu creio que Deus já respondeu, e não há mais necessidade de que você ore.’

O Capitão olhou para ele , e Muller disse:

“Capitão, já faz 57 anos que eu conheço o meu Deus e nunca houve um só dia que eu deixasse de ter audiência com Ele. Levante-se capitão, e abra a porta e verá que a neblina se foi”.

O Capitão se levantou e viu que a neblina tinha sumido.

No sábado à tarde, George Muller estava em Quebec para o seu compromisso.

 

            Se desejamos realmente ver a glória de Deus se manifestar em nossa vida, nós precisamos orar irmãos!

 

CONCLUSÃO

            Hoje aprendemos que o avivamento genuíno possui 4 marcas fundamentais:

 

  1. A PERSEVERANÇA NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

  2. A PERSEVERANÇA NA COMUNHÃO CRISTÃ

  3. A PERSEVERANÇA NO PARTIR DO PÃO – NA SANTA CEIA E NOS LARES

  4. A PERSEVERANÇA NAS ORAÇÕES

O Caminho Do AvivamentoQuarta Palavra
00:00 / 38:58

Aos domingos, as mensagens são diferentes, selecionadas de outras fontes. Hoje, uma palavra do Reverendo Hernandes Dias Lopes sobre o caminho do avivamento.

Pedidos de Oração

​​​

Pelo fim da pandemia.

Pela chegada do Rev. Renato e Juliana.

Pelo Conselho.

Pela Junta Diaconal.

Pelos Ministérios da Igreja.

Pelos enfermos.

Pelos desempregados.

Pelas Missões.

Pela cidade de Macaé.

Pelo Estado do Rio.

Pelo Brasil.

Pelos afastados do Evangelho.

Pelos novos crentes.

Pelos perdidos.

Renião de Oração

Toda Sexta-feira, 6:00 h

Responsáveis:

Presb. Anderson

Cláudia

Lucília

08/09 Dinazil de Souza Gomes Domingos

09/09 Bruno da Cruz Santos

11/09 Marcos Ramos Lucas

14/09 André Medeiros Armond

24/09 Claudia Gomes Pregione

26/09 Josemar Tadeu Fuligne Ferreira

27/09 Breno Ferreira Clen Pregione

O pastor está atendendo no gabinete pastoral na Sede Administrativa e também está disponível para aconselhamentos e reuniões em geral pelo telefone e internet.

Se você tem alguma necessidade específica procure o pastor da igreja para ser atendido adequadamente. Você pode fazer isto pessoalmente ou através do telefone: (22) 98142-4006.

Por enquanto, as visitações nos lares estão suspensas, por conta da pandemia. Entre em contato e seja pastoreado amorosamente!

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