Boletim nº 20 - 07 de Fevereiro de 2021
CALVINISMO: UM TESTEMUNHO PESSOAL
Thaiane Berdine
Dadas as dificuldades que a maioria das pessoas sentem em aceitar o calvinismo enquanto modelo coerente e sistematizado das Escrituras, resolvi aqui escrever um pouco do início de minha jornada na Teologia Reformada. Espero em Deus que isso se faça útil para aqueles que estão passando, passaram ou passarão por algo semelhante. Por um bom tempo pensei em escrever esse texto. A decisão final aconteceu quando li alguns testemunhos de homens de Deus que, também, escreveram sobre sua experiência pessoal com o calvinismo. E, não que eu me assemelhe a eles, porém, com o objetivo de ajudar, de alguma forma, aqueles que, porventura, estejam passando por uma luta semelhante, me senti no dever de descrever um pouco de minha jornada.
Bom, eu era totalmente contra qualquer ideia calvinista (O calvinismo envolve muita coisa. Toda vez que citá-lo, por favor, associe ao TULIP). Simplesmente, a palavra predestinação não poderia ser, em absoluto, algo de Deus, em minha antiga concepção. Conheci uns calvinistas, mas não estava disposta nem, ao menos, a questionar/falar sobre o assunto. Por um longo tempo, preferi ignorá-lo e negá-lo. Pois bem.
Em uma conversa com um amigo, ele me falou que não acreditava em livre-arbítrio. Fiquei chocada. Como assim ele não acreditava em livre-arbítrio? “Quer dizer que tu és calvinista?”, perguntei num tom irônico. “Não sei o que eu sou. Mas eu não acredito em livre-arbítrio, isso é ser calvinista?”, ele respondeu calmamente. “Como tu chegou a essa conclusão?”, desafiei. “Lendo a Bíblia.” Como assim, LENDO A BÍBLIA? Ele não foi influenciado por ninguém? Ninguém tentou “convertê-lo”? Pela primeira vez eu me senti motivada a estudar e procurar base bíblica para o calvinismo, se houvesse, claro. Apareciam algumas questões em minhas redes sociais sobre o assunto que eu sempre ignorava, porque, afinal, na minha mente, esse não era um assunto relevante. Depois dessa conversa com meu amigo, decidi examinar esses materiais e dar ao calvinismo o benefício da dúvida. Vi um vídeo que mexeu com minhas estruturas. Tudo fortemente embasado biblicamente… Eu lia a Bíblia. Como não tinha atentado para essas questões antes? Pedi ajuda a algumas pessoas e mais materiais para consultar. Li algumas coisas, assisti outros vídeos. Tudo que eu via era BÍBLIA. Eu não tinha como rebater, era a Palavra de Deus que estava sendo utilizada.
Meu mundo começou a desmoronar aí. Fui tomada de angústia. Toda a “minha verdade” caía por terra e nem eu tinha condições de defendê-la. Era abraçar minhas concepções, minhas ideias, meu orgulho, minha justiça ou a Palavra de Deus, a Verdade de Deus. Crise existencial. Desisti de estudar e falar sobre o assunto porque, realmente, eu me sentia muito mal. Dei um tempo, foi bom. Refleti, continuei lendo a Bíblia. E, quando percebi, passei a encontrar o calvinismo em minhas leituras diárias. Passei a ler a Bíblia, pensando mais sobre o que eu estava lendo. Não poderia deixar essa questão mal resolvida. Decidi voltar a estudar. Li tudo que pude. Conversei com algumas pessoas. Algumas passaram até a concordar comigo: “É, Thaiane, faz sentido…”.
Foi difícil e impactante trocar toda uma crença que me foi apresentada desde criança. Foi um caminho doloroso, porque, a cada momento, eu tinha que mortificar minha carne, meu orgulho, minhas teorias para entender e aceitar a Palavra de Deus. Mas o que era amargo, finalmente, foi transformado em doce. Comecei a compreender o Deus Maravilhoso, Misericordioso e Soberano ao qual eu servia. Passei a compreender melhor seu Amor incondicional. Fui quebrantada. Como um Ser Santo e Justo poderia amar uma pecadora indigna como eu? Como seu Filho Inocente e Puro poderia ter sido entregue para morrer numa cruz por inimigos de Deus como eu? Deus me humilhou duas vezes. Primeiro, ao me colocar a favor de uma ideia que eu desprezava. Depois, ao demonstrar que eu sou salva, não por causa de mim, mas por causa de Sua Graça.
Admiti meu pecado de soberba. Admiti meu pecado em ler a Bíblia como outro livro qualquer, sem considerá-la como A Verdade que é. E, hoje, posso declarar como George Whitefield: “Aceito o esquema calvinista não por causa de Calvino, e sim porque Jesus Cristo o ensinou para mim”.
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6.44)
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