Boletim nº 63-13 de Fevereiro2022
O segredo da prosperidade - Parte 01
Generosidade
Rev. renato Prates
INTRODUÇÃO
Neste e nos próximos dois domingos refletiremos sobre o tema: “O SEGREDO DA PROSPERIDADE”. À primeira vista, alguém pode confundir o tema com a famosa teologia da prosperidade, que nasceu na década de 30 nos Estados Unidos e chegou às igrejas neopentecostais do Brasil na metade do Século XX.
Esta teologia da prosperidade prega tradicionalmente o sucesso financeiro absoluto para todos os verdadeiros crentes e a imunidade completa de qualquer enfermidade, de forma que o crente verdadeiro não pode passar por dificuldades financeiras e não pode adoecer, e se tiver apertos financeiros ou adoecer, está sem fé ou em pecado.
Sabemos pelas Escrituras que nem todos os servos fiéis do Senhor foram ricos ou isentos de enfermidades. Na verdade, o próprio Cristo não tinha riquezas materiais e seus apóstolos passaram por privações e enfrentaram enfermidades. Mas também veremos que o conceito de prosperidade não pode ser considerado antibíblico, já que está presente nas Escrituras.
Na verdade, a prosperidade é muito mais abrangente do que possuir riquezas e poder; ela tem a ver com plenitude de vida, felicidade, satisfação e realização.
A verdade é que, diversos servos do Senhor nas Escrituras foram homens e mulheres prósperos, possuindo riquezas, honra e poder de influência para inclusive socorrer os mais necessitados. Podemos observar que estes homens e mulheres de sucesso tinham algo em comum que foi a razão da sua prosperidade. Este segredo tem sido praticado por pessoas bem-sucedidas ao longo dos Séculos até os dias atuais.
Por exemplo, em 2010 os bilionários Bill Gates, sua esposa Melinda e Warren Buffett, criaram uma associação filantrópica chamada de “Giving Pledge”, onde eles incentivam famílias e donos de grandes patrimônios em diferentes países a assumir o compromisso de doar pelo menos metade de suas fortunas para causas sociais. Além dos bilionários fundadores, 223 voluntários já assumiram o compromisso, dentre eles, Elon Musk, criador do Tesla, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, George Lucas, premiadíssimo diretor de cinema e recentemente, David Vélez, do Nubank.
Na verdade, os bilionários que se associaram a este grupo não estão apenas tentando ser filantrópicos, mas eles descobriram um dos requisitos fundamentais da prosperidade, que vamos estudar hoje – A Generosidade!
O conceito de generosidade está presente em todas as Escrituras e é uma das principais exigências para a prosperidade verdadeira e plena!
Em outras palavras, se desejamos ser fiéis ao Senhor, nós iremos pagar ou devolver o mínimo que ele mesmo estipulou nas Escrituras, que é o dízimo. Mas se queremos ser prósperos, nós doaremos mais do que o dízimo!
Mas por que Deus instituiu o dízimo?
Acreditamos que assim como a lei foi estabelecida como um “aio” ou babá para o povo de Deus, para ensiná-lo, assim também com o dízimo. O povo precisava de um referencial para contribuir para o sustento da obra do Senhor – Um mínimo. O Rev. Carlos Delpino, missionário da APMT na Espanha compartilhou num curso que fizemos com ele que quando você vai evangelizar um europeu, ele faz uma entrevista com você. Ele quer saber sobre as exigências de fazer parte da sua religião, quanto tempo ele terá que dedicar e com quanto ele terá que contribuir.
Se tudo estiver de acordo, ele assume o compromisso espiritual. Isto pode parecer um tanto racional demais, mas a verdade é que nós precisamos de referenciais financeiros para tudo na vida. Um plano de saúde, um clube, uma assinatura de TV ou de Streaming, internet etc. O dízimo é o nosso referencial mínimo de contribuição com a obra do Senhor! Basta ler o capítulo 3 de Malaquias e tantos outros textos das Escrituras.
Este referencial ainda serve para a igreja atual, porque ele não foi revogado no Novo Testamento, como sendo ultrapassado ou cumprido em Cristo, como os sacrifícios animalescos e outras oferendas que eram apenas sombras do que foi consumado em Cristo.
Ao lermos por exemplo a Epístola aos Hebreus, observamos que ela prega a substituição e o cumprimento da antiga lei cerimonial em Cristo; mas em nenhum momento Hebreus diz que o dízimo foi abolido. Pelo contrário, o dízimo é enaltecido em Hebreus 7.
O próprio Cristo não condenou ou aboliu o dízimo em seu ensino, mas o defendeu: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Mateus 23:23
Portanto, assim como os 10 mandamentos permanecem na prática da igreja até os dias atuais, assim também com o dízimo. Esta, por exemplo, não é uma interpretação minha, mas da Igreja Presbiteriana do Brasil através do seu Supremo Concílio, que publicou um documento exaustivo a respeito do assunto em 2018.
Esta também é a posição da maioria absoluta das igrejas evangélicas. O dízimo representa o mínimo que devemos contribuir para não entrarmos em débito com o Senhor e com a sua obra!
Contudo, mais uma vez afirmamos, se desejamos prosperar, nós devemos contribuir além do dízimo! Isto é generosidade!
E generosidade é o conceito mais forte de contribuição financeira que temos tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento. Observe que mesmo no clássico texto de Malaquias 3, o povo é repreendido pelo Senhor, porque defraudavam nos dízimos e nas ofertas alçadas. Não somente nos dízimos!
Novamente, no Novo Testamento a Igreja Primitiva é convocada para contribuir para além do dízimo, quando cada crente deveria vender suas propriedades e entregar todo o valor aos pés dos Apóstolos, para o socorro dos necessitados daquele tempo! Leia Atos 2.45.
O texto bíblico básico de hoje afirma a verdade de generosidade como requisito para a prosperidade:
Abramos a Palavra do Senhor em Provérbios 3.9-10:
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda;
e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
EXPLICAÇÃO
O verso 9 nos apresenta a causa fundamental para o que há de acontecer em nossas vidas, empreendimentos e até mesmo na igreja do Senhor – A Prosperidade. A exigência é “honrar ao Senhor com os nossos bens e com as primícias de toda a nossa renda”.
Mas o que significa honrar ao Senhor com os nossos bens e com as primícias de tudo o que recebemos?
Honrar ao Senhor com os nossos bens não significa que Deus precise deles, mas que nós confiamos nEle para suprir todas as nossas necessidades, mesmo quando honrar a Ele, signifique abrir mão de uma quantia financeira que iríamos precisar para pagar nossas contas.
A prova disto, são as muitas vezes em que observamos servos fiéis em seus dízimos e ofertas que recebem salários mínimos e não possuem muitos recursos, prosperarem muito mais do que aqueles que deveriam estar abastados. O sustento deles é multiplicado pelo Senhor, porque eles são generosos!
O princípio bíblico de honrar ao Senhor com as primícias de tudo o que recebemos, significa entregar ao Senhor não somente o principal, mas o melhor do fruto do nosso trabalho. Perdoem-me o saudosismo, mas eu fui educado numa época em que se separavam as melhores notas de dinheiro para contribuir ao Senhor. Nada de notas rasgadas, rasuradas, sujas ou amassadas. Mas as melhores notas! Pode chamar isto de bobagem ou legalismo, mas eu considero primícias ao Senhor!
Fui educado numa época onde o primeiro pagamento que fazíamos era ao Senhor. Primeiro separávamos o que pertence ao Senhor, e o restante nos era acrescentado! E olha que houve uma época que a casa do meu pai sobreviveu com apenas um salário mínimo, tendo 4 bocas para sustentar e Deus sempre nos fez prosperar!
Como pastor trabalhei em duas igrejas que precisavam aprender a lição da generosidade para prosperar. A primeira, era uma Congregação, com cerca de 40 membros, que mesmo recebendo generosas ajudas da Igreja Presbiteriana do Brasil, inclusive para comprar seu imóvel próprio, deixou de ser dizimista ao Supremo Concílio e contava com poucos membros fiéis contribuintes.
Quando cheguei para pastorear aquela Congregação, ela não tinha condições de assumir seus compromissos financeiros e a liderança se encontrava desanimada. Começamos a ensinar sobre o conceito da generosidade ali e os resultados foram rápidos e visíveis, surpreendendo a todos. Ela voltou a contribuir com o Supremo Concílio, retomou sua parceria com o PMC, e se organizou em igreja em dois anos, com saldo positivo para comprar bancos acolchoados confortáveis à vista e os melhores equipamentos para o culto do Senhor.
A Segunda Igreja na mesma situação estava sem contribuir com o dízimo ao Supremo, fechando o mês apertada financeiramente e com uma obra de término do templo parada havia 13 anos. Toda a parte externa do templo estava sem acabamento, somente no tijolo, e era uma obra grande! Novamente começamos a ensinar sobre a generosidade, a igreja retomou seus compromissos financeiros, e em menos de um ano, o templo foi embolsado, pintado e finalizado com uma belíssima fachada e um letreiro luminoso que deu o toque final a obra. Quando terminamos nosso mandato nela, havia saldo positivo de caixa, suficiente para investir na sua congregação, cujo templo é quase do tamanho da igreja mãe.
Eu acredito que o mesmo está acontecendo com a Quarta Igreja Presbiteriana de Macaé – A nossa igreja!
Temos um grande desafio pela frente – Um empréstimo de 90 parcelas que já começou a ser pago e uma obra para terminar. Contudo, o desafio só será vencido se formos generosos! Precisamos ir além do dízimo que é o mínimo para vivenciarmos a prosperidade material que precisamos e todos são convidados a contribuir: Membros, visitantes e pessoas sem nenhum compromisso com a igreja.
Meus queridos irmãos. Imaginem que um pastor comece assim a sua pregação: “As ofertas do último domingo foram tantas que reunimos muito mais do que o necessário. Por isso, por favor, parem de trazer suas ofertas. Nós temos dinheiro sobrando e não temos mais onde aplicar o que vocês estão ofertando”. Pois bem, foi isto que aconteceu em Êxodo 36.1-7, que iremos ler juntos agora!
O povo de Deus foi movido pela generosidade e a obra do Senhor prosperou! Não foi apenas o dízimo, mas ofertas generosas! Ofertas de todos os tipos, incontáveis e abundantes! É deste mover do Espírito que precisamos em nossa igreja para realizar o que temos de realizar!
Enquanto fecharmos os nossos corações e ficarmos discutindo ninharias, se o dízimo é certo ou errado, se é do Antigo ou do Novo Testamento, não prosperaremos de forma nenhuma!
CONCLUSÃO
Para concluir, gostaria de relembrá-los da história de William Colgate filho de uma família de imigrantes ingleses, residentes no interior dos EUA. Ele era ainda muito jovem quando foi tentar a vida em Nova Iorque no Século XIX. Criado em um lar protestante, já conhecia as Escrituras, mas foi longe de casa que as palavras de Jacó, registradas no texto de Gênesis 28.20-22, falaram fundo em seu coração.
Decidido a colocar Deus em primeiro lugar em sua vida, fez um voto semelhante ao do patriarca bíblico e prometeu que daria ao Senhor o dízimo de cada dólar que conseguisse ganhar, quando começou a trabalhar em uma pequena fábrica de sabão. Dois anos depois, William Colgate decidiu começar um negócio próprio, fabricando velas e sabões. Apostando na qualidade de suas mercadorias e nos preços acessíveis aos consumidores em geral, em poucos anos, já estava produzindo além de sabões, outros artigos para higiene pessoal.
Sempre fiel nos dízimos, com o crescimento da empresa, mandou que seu contador abrisse o que chamou de “conta do Senhor”, para onde deveriam ser destinados rigorosamente 10% de todo o faturamento da empresa. Conforme os negócios prosperavam, ele passou a creditar naquela conta 20% do faturamento, depois 30%, 40%, e, por fim, 50% dos lucros de sua empresa eram dedicados ao Senhor e à Sua Obra.
Instituições evangélicas – principalmente agências missionárias, além de universidades e seminários teológicos norte-americanos – foram grandemente beneficiadas pelo diácono William Colgate, como era conhecido. A prosperidade jamais o abandonou, e ele era conhecido como um dos homens mais ricos de Nova Iorque no século 19. Depois de sua morte, seus filhos, também cristãos fiéis, continuaram a ofertar liberalmente para a obra.
Sejamos mais que fiéis ao Senhor, sejamos generosos! E o Senhor nos abençoará em tudo o que pusermos as mãos para fazer!
Hoje quero orar por aqueles que realmente desejam prosperar. Você fará um voto ao Senhor, como os homens bíblicos fizeram e como os homens que mais prosperaram e prosperam no mundo ainda fazem – O voto da generosidade! Você está disposto a fazê-lo?
Pedidos de Oração
Pelo fim da pandemia
Pela finalização da construção do Templo
Pelo Conselho
Pelos Ministérios da Igreja
Pelos Enfermos
Pelos Desempregados
Pela Missionários ( Jeferson e Enéias)
Pelos Países
Pelo Estado do Rio
Pelo Nosso Brasil
Pelos Governantes
Pelos Afastados do Evangelho
Pelos novos crentes
Pelos Perdidos
Para que estejamos firmes no Evangelho
Reunião de Oração
Toda Sexta-feira, 6:00h
Responsáveis:
Presb. Anderson
Cláudia Pregione
Dinazil Domingos
Lucília Amorim
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